A bíblia cristã é uma das principais fontes argumentativas dos homofóbicos.
Defensores do patriarcado em sua maioria, estas pessoas se baseiam em passagens do livro sagrado para afirmar que a homossexualidade é moral e religiosamente incorreta.
A atitude, muitas vezes, afasta a comunidade LGBT da religião, uma vez que eles são vistos como pecadores.
É isso que o homossexual Queen James quer mudar. Ele e mais um grupo de ativistas trabalharam para criar uma nova versão da Bíblia, com correções do que eles chamam de erros de interpretação.
No total, oito passagens sofreram alterações. Em Coríntios 6:9-10, um dos trechos mais usados pelos homofóbicos para legitimar a homossexualidade como pecado, eles mudaram duas palavras.
Quando se afirma que “efeminados” e “sodomitas” não herdarão o reino de Deus, eles substituíram a primeira por “moralmente fracos”, e a segunda por “promíscuos”.
Segundo o editor, ambas são fruto de um erro de tradução de termos gregos. Efeminado seria uma tradução errada de “malakoi”, que significa “preguiçoso”, já sodomitas têm origem no grego “arsenokoitais”, algo como “homem com muitas cama”, logo, um promíscuo, e não um homossexual.
Como era de se esperar, grupos cristãos já se manifestaram contra a Bíblia Gay, que já está sendo vendida na Amazon. Em vídeos no Youtube e posts nas redes sociais, pessoas afirmam que a nova edição está legitimando a homossexualidade.
Rebatendo as críticas, o autor Queen James afirmou: “Você não pode escolher sua orientação sexual. Mas pode escolher Jesus. E agora pode escolher a sua Bíblia também”.