Êxodo gay: preconceito afasta gays de locais intolerantes e não seguros

Um estudo realizado pelo site Consumer Affairs, dos Estados Unidos, mostra que depois da legalização do casamento gay em todo o país, cidades que antigamente tinham um alerta vermelho para homossexuais, por conta do preconceito, passaram a receber uma migração maior dos mesmos. Lá, cidades, como Salt Lake City, e estados, como o Texas, registraram uma migração maior do que as regiões conhecidas por serem gay-friendly, como Nova York e a Costa Oeste.
Os dados demográficos mostram que: Cidades que registravam grande migração de homossexuais, como Nova York, San Diego e Minneapolis, tiveram uma queda nos índices e das 20 cidades que apresentaram mudanças positivas no ranking de migração, 11 eram de estados que não tinham bons históricos com homossexualidade.

No Brasil, o processo acontece da seguinte forma: homossexuais de cidades do interior preferem migrar para grandes capitais brasileiras, onde o movimento é mais forte, como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Curitiba. Alguns optam por outras capitais também para se afastar dos olhos de famílias que não aceitam os filhos homossexuais. Outros que conhecem a forte homofobia mesmo nessas cidades, preferem migrar para fora do país, em busca de estudos e melhores condições de vida. Com isso, o país perde mão de obra especializada, empresas de ponta e profissionais

Duas entrevistas recentes, realizadas pela Lado A, provam esse ciclo. O jovem Wallyson Fernandes saiu de Toledo e veio para Curitiba por acreditar ser uma cidade mais tolerante, onde poderia viver sua sexualidade e onde deu voz a sua drag queen, Katarina Van Helsing. Já o jovem Daniel Ricardo, saiu do Rio de Janeiro e mora, hoje, na França, onde encontrou oportunidades melhores.

Outro exemplo vem com as ondas de preconceito na Síria. Entre os refugiados muitos homossexuais procuram uma vida melhor na Europa e países como a Alemanha oferecem abrigos especializados, já que eles enfrentam a hostilidade de outros refugiados conterrâneos.
Com informações de: Revista LadoA

 

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