Primeiro caso de transmissão sexual da Zika dos EUA envolveu casal gay, diz agência de saúde
O primeiro caso de transmissão sexual da Zika nos EUA aconteceu em fevereiro no Texas entre dois homens, confirmou nesta quinta-feira (14) o Centros de Controle de Doenças e Prevenção (CDC na sigla em inglês). A informação é do The Washington Post.
O Zika pode ser transmitido via sêmen tanto em relações heterossexuais quanto entre dois homens. O estudo foi publicado em parceria com o Dallas County Health and Human Services.
No caso em questão, o paciente inicial viajou no início do ano para a Venezuela e dois dias depois de voltar para Dallas desenvolveu manchas na pele e conjuntivite. Depois que ele teve sexo sem proteção com seu parceiro, este também passou a desenvolver a maioria dos sintomas da Zika, incluindo a conjuntivite.
O parceiro dele, chamado na pesquisa de Paciente B, não havia saído do país recentemente e nunca visitou zonas afetadas pela Zika, não estando exposto ao mosquito que transmite a doença. A conclusão é que ele pegou a doença através de transmissão sexual.
Amostras de sêmen dos dois pacientes não mostraram sinais do vírus. Por conta disso, ainda não se sabe por quanto tempo o vírus permanece no organismo.
A recomendação do CDC é de que casais em que o homem tenha estado em um país afetado pela Zika e tenha sintomas da doenças usem camisinhas ou evitem fazer sexo por pelo menos seis meses. Mesmo aqueles que não apresentem sintomas devem também usar camisinha ou não fazer sexo por pelo menos oito semanas.